Dicas de cuidados ao idoso dependente

O cardápio

Sempre respeitar as orientações nutricionais dadas pelo médico ou nutricionista. Mesmo para alguém com limitações (físicas ou mentais) a alimentação fez parte fundamental do tratamento de muitas doenças e não devemos abrir mão delas. Tudo fica mais fácil com um organismo bem alimentado e saudável.

O passo seguinte é respeitar o paladar do paciente e suas restrições religiosas ou culturais.
Isto posto, é hora de pedir ajuda do idoso para escolher o que será comprado e servido. Sugira alimentos novos e nutritivos. Fazer lista de mercado ou feira pode motivar o paciente e facilitar a tarefa do familiar cuidador.

A hora da refeição

Independente do nível de dependência do paciente, a refeição deve ser gostosa, colorida e bonita. Sempre arrumar a mesa com louças e talheres organizados e bonitos. Ter rotina e um ambiente tranquilo sem ruídos extras como televisão ou musica, animais de estimação;

Talheres: a rotina da família deve ser mantida até quando possível. Se paciente estava acostumado a usar garfo e faca isso deve ser mantido. Geralmente a faca é descartada quando o paciente passa a ter dificuldade em cortar os alimentos ou em caso de agressividade. O passo seguinte é passar a usar a colher pois preserva a independência, isso é pode comer sozinho. O momento onde o familiar ou cuidador passa a oferecer a comida ao paciente deve ser discutido com o médico e/ou equipe de saúde que assiste o paciente.

Uso de protetores de roupa (babadores) é discutível. Alguns pacientes podem ter isso como rotina, pois quando mais jovens usavam o guardanapo preso ao colarinho para evitar sujar a gravata, por exemplo. Mas em alguns núcleos familiares isso pode ser visto como infantilização do idoso, o que é extremamente nocivo pra autoestima do doente. Nestes casos melhor optar por rocar a roupa após a refeição. Em caso de refeições com outros participantes fora do circulo de pessoas intimas, cuidado com o cardápio. Melhor oferecer alimentos que sejam mais fáceis de comer (ex. risotos, suflês, carnes fatiadas, estrogonofe – sem babata palha etc.) do que alimentos difíceis de pegar (ex. camarão com casca, frango com osso etc.);

Higiene bucal após a refeição é fundamental. Veja no texto de higiene oral as dicas de como proceder;

Modificação de consistências

Muitas vezes o familiar opta por liquidificar os alimentos para melhorar a ingestão de todos os nutrientes. Isso jamais deve ser feito sem orientação profissional (médico, nutricionista ou fonoaudiólogo); Ao mudar a consistência dos alimentos ocorre uma completa mudança na absorção de nutrientes. Isso por si só pode causar ou acentuar a perda de peso.

Como regra geral, os alimentos devem ser processados individualmente. Até dois alimentos processados juntos é razoável, de forma que sejam oferecidos alimentos variados e de cores diferentes. Observar de é interessante ter preparações doces e salgadas oferecidas em separado.

Sempre experimentar a comida, para ajuste de sal e temperatura. Muitas pessoas com perda cognitiva (demências) podem ter dificuldade de explicar o que está errado com a comida.

Quando não for mais seguro que o paciente coma os alimentos preparados para as outras pessoas da casa, o primeiro passo é cozinhar mais o alimento e amassar com garfo (preserva a fibra). Depois bater no processador (fibra será quebrada) e só em casos muito especiais passar na peneira (praticamente sem fibra).

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